domingo, 20 de abril de 2014

Realidade!

Esta matéria é do site http://www.minhavida.com.br e como achei bastante interessante e pertinente, então aqui está:

A realidade das protetizações em nosso país.
A deficiência não impede que o amputado perca em qualidade de vida.

Com a amputação, fica clara a necessidade de inclusão em um processo de reabilitação, onde no momento oportuno será necessário a aquisição de um dispositivo complexo chamada prótese, para que o trabalho que reabilitação física seja continuado. Neste momento alerto os leitores para não confundir a reabilitação de um amputado com a simples protetização, ou seja, reabilitar um amputado não significa somente protetiza-lo. 

Reabilitar também não significa submeter o amputado a realizar poucas trocas de passos entre barras paralelas. E quando este usuário estiver caminhando no centro de sua cidade em uma calçada bastante irregular e com a população vindo ao seu encontro? 

É utopia achar que todos os parâmetros utilizados em uma correta protetização são seguidos pelas empresas ortopédicas participantes de processos licitatórios, onde o que prevalece é o menor preço e a rapidez dos serviços. 

Também sabemos da romaria que muitos amputados fazem pelas lojas ortopédicas até encontrar próteses com preços atrativos, as quais em pouco tempo se tornam muito caras, pois acabam sendo descartadas quase sem uso. 
Lógico; os amputados não sabem avaliar os produtos adquiridos e também não são treinados para utilizá-los adequadamente, o que provavelmente resultaria em queixas dos próprios pacientes antes da entrega das mesmas.

Acredito que a única maneira de solucionar este problema é através da informação e da qualificação profissional. É inadmissível aceitar desculpas como, o coto de amputação está doendo porque ainda não calejou , talvez o senhor ainda não tenha se acostumado com a prótese , ou então, o problema é seu coto de amputação . 

Sabemos que mais de 90% das queixas relatadas pelos amputados estão relacionadas com as próprias próteses. Confeccionar um cartucho adequadamente, definir um bom alinhamento e escolher componentes mecânicos, como joelhos e pés, não podem ser realizados de forma empírica. 

Em um mundo globalizado e com uma enorme evolução tecnológica e científica, temos como obrigação proporcionar aos nossos amputados, uma grande funcionalidade através de próteses muito confortáveis, totalmente seguras e compatíveis com o perfil funcional de cada usuário. 

Dicas: 
  • Não escolha sua prótese simplesmente pelo valor. Verifique a proposta de trabalho e lembre-se que antes da entrega final da prótese, será necessária a utilização de cartuchos provisórios até a maturação do coto de amputação. 
  • Dor, desconforto e lesões no coto não são normais. Questione sobre a confecção do cartucho e/ou alinhamento da prótese.
  • Solicite treinamentos em diferentes ambientes como em pisos irregulares, rampas e escadas. 
  • Peça orientações referentes a higienização e limpeza da sua prótese.

ESCRITO POR:José de Carvalho
Fisioterapia e reabilitação de amputados
ESPECIALISTA MINHA VIDA

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