terça-feira, 30 de julho de 2013

Em casa.

Finalmente em casa! Cheguei domingo, acompanhado por minha irmã, que voltou no mesmo dia para Curitiba. E de repente me vejo sozinho, e sem uma perna, e agora, o que faço? Só mesmo entregando nas mãos de Deus e tendo muita fé, muita coragem e muita disposição.

Fé e coragem eu tenho, disposição é que tá me faltando mesmo. A adaptação é um pouco demorada, e não estou dizendo da adaptação da minha nova realidade e condição, mas sim, por ter passado internado por mais de um ano praticamente. Com isso, perdi massa muscular, engordei, minha flora intestinal está uma bagunça, ainda por cima, os remédios me dão sonolência e tontura. 

As vezes, na verdade, muitas vezes, me olho, olho para perna que não tenho mais, e por vezes, penso que a "ficha" não caiu. Dá uma tristeza, as lágrimas caem mesmo, não tem jeito. Mas é nessa hora que penso que poderia ser pior, ou que tem gente em situações bem pior. Tento ir por esse caminho para amenizar minha dor.

Mas o pior de tudo no momento, é a dor mesmo. Meu coto ainda está em fase de cicatrização e segundo meu médico a dor vai passar, apesar que ele não descartou a possibilidade de uma intervenção cirúrgica para fazer a secção de terminações nervosas (algo assim). O duro é esperar ainda três meses para ver se a dor vai passar ou não. Quem merece?. 

Mas Deus é grande e misericordioso e o tempo é o pai de todos os males. Um dia, uma hora, tudo isso vai ser parte do passado, tudo vai ficar mais fácil, mais adaptável. Só não quero é ficar desse jeito, pra baixo, triste, esse não sou eu mesmo. Até porque nunca esqueci desde o começo a proposta de motivar a quem precisar. Desde o início, sempre achei que ia dar a volta por cima e tenho certeza que vou conseguir.

Um grande abraço a todos e muito obrigado pelas mensagens de apoio e de carinho.

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