Quase um ano e dois meses do dia fatídico e estou aqui, como sabem, mais
uma vez internado. Já perdi as contas de quanto entrei e saí de hospitais, de
quantas vezes fui levado ao centro cirúrgico. Só quem vive, quem passa por isto, pode mesmo conseguir ter uma real noção de tudo que abrange e envolve uma infeliz fatalidade destas. O quanto temos
que ser fortes, mesmo sem querer ou saber, para não enlouquecer, para não
perder a saúde mental, como dizem, para não “sair da casinha”.
Ninguém que
esteja de fora, consegue perceber de verdade, o quanto acabamos, por mais que não
queiramos, envolvendo gente que nos ama. Já acho um tanto injusto, tudo que estou
sofrendo, o que dirá então, envolver minha família, que acaba sofrendo junto. É mesmo muito injusto!
Minha mana que mora em Mato Grosso do Sul, ficou comigo, em minha casa me ajudando e depois alguns dias aqui no hospital. Alguns dias atrás, ela voltou
pra sua casa, mas veio, ficou um tempão, me ajudou muito, deixou seus filhos,
sua casa, sua vida. É disso que estou falando, de estar incomodando,
mobilizando as pessoas, mas sempre vai ter quem olhe de fora e pense, “ah, mas
é da família...”, e quem disse que só por que é da família, tem que se
incomodar e sofrer junto?.
Não estou
dizendo que houve ou há qualquer tipo de reclamação, de quem quer que seja,
muito menos de algum membro da minha família, mas sou eu que me sinto incomodado e incomodando, me sentindo um inútil
e principalmente, um dependente de tudo. Tudo que quero e espero, é que essa fase acabe logo e possa voltar às minha atividades cotidianas.
Quero agradecer do fundo do meu coração a minha irmã, pelos
dias que passou comigo, me ajudando, me motivando, me ouvindo, embora algumas
vezes, em algumas situações, tenha ficado mais assustada do que eu (risos).
Eu e minha irmã Cecilia
Nenhum comentário:
Postar um comentário