sexta-feira, 28 de março de 2014

Autoestima!



INSS

Próteses, órteses e demais aparelhos ortopédicos pelo INSS

Você sabia que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é obrigado a fornecer perna mecânica, braço mecânico, cadeiras de rodas, muletas e outros tipos de próteses, órteses e demais aparelhos ortopédicos para os segurados e dependentes? A maioria desconhece o próprio direito. E o que é pior: a própria cúpula do INSS também. Isso não é novo e está na Lei nº 8.213/91, nos artigos 89 e 90, bem como no Decreto nº 3048/99. A Lei de Benefícios da Previdência Social e o Regulamento da Previdência Social preveem que o benefício é devido em caráter obrigatório, inclusive aos aposentados e para habilitá-los ou reabilitá-los não apenas profissionalmente, mas também socialmente. Recentemente, a Justiça de Franca, no interior paulista, condenou o INSS a fornecer uma perna mecânica para um segurado do INSS, que sofreu um acidente de trabalho (veja a notícia). Muitos que ingressam na Justiça para obtenção de próteses ou órteses, ao invés de solicitarem ao INSS, pedem para o Sistema Único de Saúde (SUS), cuja rede rede pública é gerida pelo Município, Estado e/ou União. Ressalta-se que além dos benefícios pagos em dinheiro, o INSS também é obrigado a prestar alguns tipos de serviços para os segurados e seus dependentes. Um desses serviços é a habilitação e a reabilitação profissional, que consiste numa espécie de (re) inserção profissional e social dos segurados e seus dependentes, vitimados por alguma lesão ou sequela. E dentro dessa linha de serviços está o fornecimento de próteses e órteses. Abre-se um parêntese para diferenciar a prótese da órtese. A prótese substitui uma parte do corpo por uma peça artificial. Ex.: perna mecânica, braço mecânico etc. Segundo os dicionários, órtese é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuromusculoesquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica. São aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não, destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo. São exemplos de órteses: muletas, andadores, cadeiras de rodas, palmilha ortopédica, tutores, joelheiras, coletes, munhequeiras etc. Observa-se, portanto, que a principal diferença entre uma órtese e uma prótese reside no fato da órtese não substituir o orgão ou membro incapacitado.

Quem pode requerer: Para pedir a prótese ou órtese ao INSS é necessário que a pessoa seja segurado, isto é, contribuinte da Previdência Social através do chamado “Regime Geral da Previdência Social” (RGPS) ou estar acobertado por ela, o que exclui os servidores públicos estatutários de qualquer esfera (municipal, estadual ou federal), tendo me vista que estes contribuem para os chamados “Regimes Próprios” da Previdência Social (RPPS), geridos em geral pelos respectivos órgãos. Os dependente de segurados do RGPS, bem como os aposentados e pensionistas também têm direito. Além disso, precisa comprovar mediante laudos e/ou relatórios médicos em perícia a necessidade da prótese/órtese. Infelizmente, a solicitação não pode ser feita por agendamento eletrônico pelo PREVFone (discando 135) ou pelo site da Previdência Social, já que o sistema informatizado do INSS não dispõe dessa opção. Terá que ser feito pessoalmente nas agências. Todavia, embora o pedido possa ser realizado diretamente em qualquer agência do INSS, o cidadão vai se assustar, pois os órgãos diretores da Previdência desconhecem essa possibilidade. Certamente, isso só será possível através de uma ação na Justiça. Em caso de dúvidas, deve-se procurar a ajuda de um especialista.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Filme

Sugestão de Filme
Título Original: 127 Hours
EUA/Reino Unido (2010)

Sinópse: 

Baseado na história real de como alpinista Aron Ralston lutou para salvar a própria vida após um acidente. Em maio de 2003, Aron (vivido por James Franco) fazia mais uma escalada nas montanhas de Utah, Estados Unidos, quando acabou ficando com seu braço preso em uma fenda. Sua luta pela sobrevivência durante mais de cinco dias (durou 127 horas) foi marcada por memórias e momentos de muita tensão. Dirigido por Danny Boyle, o longa conquistou seis indicações ao Oscar.


Crítica da Folha de São Paulo:

terça-feira, 18 de março de 2014

Natação para PCD


Aspectos téoricos da atividade aquática para deficientes

Nos últimos anos, muito se tem falado, muito se tem escrito sobre os efeitos benéficos das atividades na água para pessoa portadora de deficiência, mas na realidade, a utilização da água como elemento terapêutico, não é novo, pois de acordo com Harris (1978) apud Lépore et al (1998), já desde o tempo de Hipócretes, a água era utilizada no auxílio à reabilitação; por exemplo, os gregos e romanos já utilizavam a água corrente para a cura de doenças Moran ( 1979) apud Lépore et al (1998). Nos Estados Unidos, a atividade na água como terapia iniciou-se antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, sendo utilizada para indivíduos com problemas reumáticos. Segundo Lépore et al (1998), Charles Lowman foi considerado o pai dos exercícios aquáticos como terapia e sistematizou a hidroterapia por volta de 1930. Após a Segunda Guerra Mundial, a água também, foi grandemente utilizada como elemento terapêutico para traumáticos e amputados, bem como para soldados com problemas psicológicos.

A natação para pessoas portadoras de deficiência é compreendida como a capacidade do indivíduo para dominar o elemento água, deslocando-se de forma independente e segura sob e sobre a água utilizando, para isto, toda sua capacidade funcional, residual e respeitando suas limitações.

A água apresenta propriedades que facilitam para o indivíduo sua locomoção sem grande esforço, pois sua propriedade de sustentação (empuxo) e eliminação quase que total da força da gravidade, podem segundo Campion (2000), “aliviar o estresse sobre as articulações que sustentam o peso do corpo, auxiliando no equilíbrio estático e dinâmico, propiciando dessa forma maior facilidade de execução de movimentos que, em terra seriam muito difíceis ou impossíveis de serem execultados”. 

Objetivos gerais 
Demostrar através de aspectos teóricos os benefícios da atividade aquática para portadores de deficiência. 

Objetivos específicos 
Apresentar de forma teórica os benefícios fisiológicos sobre os sistemas cardiovascular, respiratório e locomotor; 
Apresentar de forma teórica os benefícios psicossociais; 
Apresentar de forma teórica os benefícios cognitivos; 
Demonstrar de forma teórica os efeitos terapêuticos de atividades realizadas na água. 

Fundamentação teórica
Benefícios fisiológicos 
Segundo Campion (2000), “ quando o corpo está exposto a um estímulo frio, por exemplo, em água de temperatura fria, estes vasos se contraem, evitando que seja liberado calor interno, ao contrário, se o estímulo de calor é maior que a temperatura interna, há uma vaso dilatação para que o calor seja liberado e a temperatura se mantenha em equilíbrio. Com as mudanças constantes de temperatura interna da água este mecanismo é constantemente acionado, fazendo com que o organismo adquira uma maior resistência contra mudanças bruscas de temperatura externa, proporcionando ao indivíduo, também, maior resistência contra as doenças provocadas pelas intempéries do meio”. 

Para o mesmo autor, “ concomitantemete com a grande influência sobre os sistema de regulação térmica, a água, também, apresenta grande significado na melhoria do sistema circulatório e coração, pois a pressão e a resistência exercidas pela água sobre o corpo, juntamente com esforço exigido na execução dos movimentos agem diretamente sobre o sistema, uma vez que provoca o aumento do metabolismo, promovendo o fortalecimento da musculatura cardíaca, o aumento do volume do coração e uma consequente melhoria no sistema circulatório, já no sistema respiratório provocará o fortalecimento dos músculos respiratórios, aumento do volume máximo respiratório e consequente melhoria, também na elasticidade da caixa torácica”. 

“Em se tratando de pessoas portadoras de deficiência, juntamente com grande dificuldade de equilíbrio e desenvolvimento da marcha, as características peculiares da água como alta viscosidade, espessura, eliminação da gravidade vêm contribuir para a realização de exercícios de educação e/ou reeducação motora, proporcionando-lhes maior segurança na execução dos movimentos”. (Lépore, 1999) 

Benefícios psicossociais
Ao contrário do que muitos pensam, a natação não é uma atividade solitária e extremamente individualista. Segundo Lépore (2000), “atividades aquáticas ou aprender a nadar é também um processo de aprendizagem de socialização. Daí a necessidade do portador de deficiência aprender a galgar degrau a degrau, inicialmente, relacionando-se indivíduo-objeto para depois pessoa-pessoa e, por último, o indivíduo interagindo com o grupo. As atividades aquáticas devem propiciar ao indivíduo situações de desenvolvimento de atividades em pequenos e grandes grupos, estimulando assim as experiências corporais, a integração e o convívio social”. 

Para Campion (2000), “o aspecto psicológico, o efeito na melhoria do humor e na motivação em pessoas portadoras de deficiência é altamente significativo através da natação, além de possibilidade de descarregar as tensões psíquicas através do poder de relaxamento da água e satisfazer as necessidades de movimento”. 

Benefícios cognitivos
Os aspectos motivacionais e propriedades terapêuticas da água estimulam o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva e o poder de concentração, pois o aprendiz busca compreender o movimento do seu próprio corpo explorando as várias formas de se movimentar, adaptando suas limitações às propriedades da água (Dulcy, 1983 apud Lépore et al 1998). De acordo com American Red Cross, 1977 apud Lépore et al 1998, muitos instrutores de atividades motoras na água têm interagidos conteúdos da aprendizagem escolar nas atividades aquáticas, reforçando desta forma o aspecto cognitivo destas crianças, por exemplo, contar viradas, mergulhar objetos de formas e cores diferentes, entre outras. 

Efeitos terapêuticos da atividade na água
Para Lépore (1999), podemos conseguir os seguintes efeitos obtidos com exercícios terapêuticos da água, considerando os vários tipos de deficiências, tais como: 
Diminuição de espasmos e relaxamento muscular; 
Alívio da dor muscular e articular; 
Manutenção ou aumento da amplitude do movimento articular; 
Fortalecimento e aumento da resistência muscular localizada; 
Melhoria circulatória e na elasticidade da pele; 
Melhoria no equilíbrio estático e dinâmico; 
Relaxamento dos órgãos de sustentação (coluna vertebral) 
Melhoria da postura; 
Melhoria da orientação espaço-temporal.


Fonte: http://beneficiosnatacao.blogspot.com.br

terça-feira, 11 de março de 2014

Natação

Após quase dois anos do meu acidente, de nove meses da minha amputação, voltei pra piscina. Meu conselho a todos que podem, que gostam, que querem praticar um esporte depois de amputado, eu diria,  vá pra piscina, faça natação ou hidroginástica. 

Tive três internações longas e algumas mais curtas, totalizando trezentos e nove  dias internado e com isso, é impossível não engordar. Engordei quinze quilos e depois disso comecei a pensar como iria fazer para perder esses quilos a mais. Ainda não estou protetizado, o que fica um pouco mais difícil perder peso e encontrar uma atividade física.

Então como já sabia e gostava de nadar, resolvi voltar para piscina. Hoje faz duas semanas que estou nadando, já estou conseguindo fazer mil metros por dia e já perdi dois quilos.

Eu acredito que quando nos vemos com um membro amputado, nossa "autoestima" fica um pouco abalada; imagina então além de amputado, também engordar. Por isso que na minha opinião, temos que trabalhar sempre nossa autoestima. 

Outra questão quanto a fazer natação ou qualquer outra atividade física, é o nosso receio. Antes de tentarmos, fica um certo receio se vamos conseguir ou não, existe um certo constrangimento, uma preocupação em não deixar os outros constrangidos ou pouco a vontade (eu pelo menos tinha essa preocupação), e até mesmo o receio de sermos vítimas de preconceitos.

Mas eu falo por experiência própria: "NÃO DEIXEM DE FAZER QUALQUER COISA QUE FOR NA VIDA, PENSANDO COMO VÃO TE OLHAR, COMO VÃO TE TRATAR, O QUE VÃO PENSAR, IMAGINANDO SE VÃO TE ACEITAR, SE VÃO TE RECEBER BEM OU NÃO".

A vida é sua e só você pode fazer algo por você mesmo; seja algo bom ou ruim. Então, não perca tempo, faça algo bom por você.

Não fique se lamentando. De nada adianta ficar deprimido. Costumo brincar com os outros, dizendo: "...do que adianta ficar deprimido, se a nossa perna não é como rabo de lagartixa, NÃO ADIANTA, não vai crescer novamente..."

Ser feliz é um "estado de espírito", não depende dos outros, só depende de nós. 

Então, SEJA FELIZ, PERMITA-SE SER FELIZ!


Meus agradecimentos a Academia Splash Fitness - Blumenau SC, que permitiu a filmagem e a instrutora Vanessa que gentilmente fez o vídeo. Muito obrigado!